quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Queixa não livra mulher da morte

Mulher assassinada em Loulé já tinha pedido ajuda à APAV


Filomena Gomes já se tinha queixado à GNR que estava a ser perseguida pelo ainda marido e pediu ajuda à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), mas ninguém conseguiu evitar a sua morte. O lamento foi feito ao CM por um dos filhos do casal, um dia depois do pai ter assassinado a mãe, com dois tiros na cabeça, e se ter suicidado, no lugar do Esteval, em Loulé. Foi mais um crime bárbaro em contexto de violência doméstica. Só este ano já foram mortas 25 mulheres.
"Ela já tinha apresentado queixa na GNR e pediu ajuda na APAV. Fizeram um perfil psicológico do meu pai e da minha mãe, mas disseram que não detetaram nenhum tipo de perigo", recordou ontem ao CM, transtornado, Paulo Gomes, que lembra que o pai António "andava com um comportamento estranho" e que a mãe Filomena sentia "receio" do que podia acontecer.
António, motorista de autocarros, e Filomena, auxiliar numa escola, já estavam casados há 30 anos e viviam separados há cerca de seis meses. Ainda não estavam divorciados oficialmente, mas já não partilhavam a mesma casa. "Ele andava muito instável e fazia levantamentos de dinheiro regulares", refere o filho Paulo Gomes, que suspeita de que o pai estaria com problemas financeiros.
Foram estes sintomas estranhos que levaram à separação entre o casal, situação que António nunca terá aceitado muito bem. "As colegas da escola da Filomena diziam que ele a perseguia e que lhe fazia esperas à saída da escola", recordou ao CM fonte próxima do casal. Também alguns vizinhos relataram que António "parava à porta de casa de Filomena durante a noite", numa forma de lhe controlar os movimentos. No entanto, Paulo frisa que o pai nunca foi agressivo. 

Fonte da Notícia: Correio da Manhã

terça-feira, 15 de outubro de 2013

ISTO É PORTUGAL: Agarra filha para o marido a violar

Évora: Tribunal da Relação confirma penas de cinco e seis anos


'Maria', 12 anos, estava quase a adormecer quando viu o padrasto, sem roupa, entrar no quarto onde dormia com a mãe, na aldeia da Mata, no Crato. Quando o homem se enfiou na cama e começou a acariciá-la, a menina debateu-se e gritou à mãe por ajuda. "Não sei porque é que não deixas, assim não vês como é bom ter sexo", foram as palavras da mãe, que agarrou os braços da criança para que o padrasto lhe arrancasse as cuecas e consumasse a violação.

Os factos ocorreram no Verão de 2002. E o casal foi julgado e condenado – ele apanhou 6 anos e meio, ela 5 anos e meio de prisão, mas estão à solta. O Tribunal da Relação de Évora confirmou agora as penas dos dois – que deverão cumpri-las.
O crime ocorreu no andar superior ao café que a mãe da menina explorava. A vítima sofreu em silêncio durante quatro anos. Os abusos só foram descobertos em 2006, quando a menor denunciou a mãe e o padrasto – dono de duas herdades.
Na noite do crime, ‘Maria’, que tem agora 22 anos, estranhou quando a mãe, com quem tinha uma relação fria, a chamou para conversarem e dormirem juntas. "Vês não custou nada", disse a mãe, depois de o homem ejacular e a menina conseguir, a chorar, libertar-se. 

Fonte da Notícia: Correio da Manhã