sexta-feira, 23 de maio de 2014

Agentes da PSP obrigados a separar tampinhas em armazém


Quase 30 polícias, alguns de folga e outros fardados, estão desde ontem a separar tampas verdes e vermelhas de uma pilha 20 toneladas
A ordem chegou terça-feira à noite, via email. O comandante da 2ª divisão da PSP de Lisboa ordenou aos agentes da Equipa de Intervenção da Rápida e a quatro polícias de cada esquadra da divisão que se apresentassem no dia seguinte, pelas 8h da manhã, num armazém para separar tampinhas.
Alguns dos polícias destacados para a missão estavam de folga e tiveram de abdicar do descanso para cumprir a ordem. Segundo contou ao i um dos agentes envolvidos na acção, os polícias ficaram “indignados” e “revoltados” com a ordem. Sobretudo os que pertencem à Equipa de Intervenção Rápida, porque estão escalados para trabalhar amanhã, no sábado e no domingo na final da Liga dos Campeões, que acontecerá no Estádio da Luz. “Não puderam estar com as suas famílias e vão ter de trabalhar quase duas semanas seguidas, sem direito a folgar, para separar tampas”, queixa-se o mesmo polícia.
A separação de tampinhas insere-se numa iniciativa promovida pela 2ª divisão da PSP e que pretende construir uma bandeira de Portugal com 10 milhões de tampas no feriado do 10 de Junho. O objectivo é bater o recorde do Guiness da maior bandeira do género, bem como apoiar a selecção nacional de futebol e instituições de solidariedade social. O projecto, designado “Bandeira da Esperança”, foi apresentado recentemente no Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) e será levado a cabo debaixo da pala do Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações. Conta com o patrocínio de diversas instituições, entre as quais o BES.
A vertente de solidariedade do projecto acontece no dia 10 de Junho: vão estar instaladas, no Parque das Nações, três centros de recolhas de tampinhas nos quais os visitantes poderão depositar a sua contribuição. “Contamos que as pessoas possam trazer com elas o maior número de tampinhas possíveis, uma vez que estas serão depois convertidas em equipamentos sociais”, explicou recentemente a PSP.
Assim, e para que a bandeira esteja concluída a tempo, o comandante da divisão decidiu empenhar os seus polícias – que têm de separar as tampas verdes e vermelhas de uma pilha de 20 toneladas. Ontem, os agentes revezaram-se em dois turnos, das 8h às 18h.
“Aquilo que não compreendemos é porque é que este serviço não está a ser feito de forma voluntária. Numa instituição com mais de 20 mil agentes, certamente haveria voluntários. Não se pode obrigar as pessoas a fazer isto, ainda por cima numa folga”, queixa-se o agente com quem o i falou. “Quando se pensa que já se bateu no fundo, somos confrontados com mais esta”, remata.
Contactada pelo i, a direcção-nacional da PSP esclarece que esta é uma iniciativa “promovida pela 2ª divisão e que tem um pressuposto altruísta”. O gabinete de Relações Públicas garante, ainda, que os polícias “nomeados” para a tarefa serão “compensados num futuro próximo”.
Já o Sindicato Unificado da Polícia (SUP) recorda que “separar tampinhas não faz parte das áreas funcionais da polícia” e critica o facto de se “cortar folgas” e “desviar elementos da área operacional”. “Ainda ontem se apresentou uma nova imagem da PSP ao público, mas internamente continuam a passar-se situações deste género”, remata o presidente, Peixoto Rodrigues.


Fonte da Noticia iONLINE


sexta-feira, 21 de março de 2014

sábado, 15 de fevereiro de 2014

ISTO SÓ MESMO EM PORTUGAL: Isaltino com lugar em fundação depois da prisão

Nomeado para a Administração da Fundação Marquês de Pombal.

Por:Sónia Trigueirão  FONTE DA NOTÍCIA
Isaltino Morais, que pode estar a dias de sair da prisão, onde se encontra a cumprir uma pena de dois anos por fraude fiscal, tem à sua espera um lugar no conselho de administração da Fundação Marquês de Pombal, Ao que oCM apurou, o nome do ex-presidente da Câmara de Oeiras, de 64 anos, surge em primeiro lugar na lista de designados para a administração da Fundação, entre 2013 e 2016, da qual fazem parte também Armindo de Azevedo, Alfredo Castro, Aline de Almeida e Maria Paula da Silva.
A designação deverá ser dada a conhecer hoje ao Executivo camarário, através de uma proposta de deliberação assinada por Paulo Vistas, presidente da autarquia de Oeiras. Recorde-se que Isaltino Morais está preso desde abril, mas pediu para cumprir o que lhe resta da pena em prisão domiciliária, sendo que os técnicos da Reinserção Social já deram parecer positivo.

NOTA DO WEBMASTER:

MAIS UMA GRANDE VERGONHA PARA UM PAÍS QUE SE TORNA CADA VEZ MAIS UM PARAÍSO PARA CORRUPTOS E TODOS OS CRIMINOSOS DA PIOR ESPÉCIE

Tribunal Criminal de Lisboa - Submarinos: tribunal absolve todos os arguidos

Leitura do acórdão do processo das contrapartidas dos submarinos.

FONTE DA NOTÍCIA



O Tribunal Criminal de Lisboa absolveu os dez arguidos do processo das contrapartidas dos submarinos, não dando como provados os crimes de burla e falsificação de documentos.
Na leitura do acórdão, a decorrer nas varas criminais de Lisboa, a juiza presidente do coletivo, Judite Fonseca, referiu que "não resultou provada qualquer falsidade em qualquer dos documentos". Entretanto, o Ministério Público já anunciou que vai recorrer da decisão do tribunal.
Os três administradores da empresa multinacional Man Ferrostal (que pertence ao consórcio alemão German Submarine Consortium) e sete empresários portugueses foram absolvidos dos crimes de burla e falsificação de documentos.
Horst Weretecki era vice-presidente da multinacional Man Ferrostaal, Antje Malinowski, sua subalterna, e Winfried Hotten, anterior responsável da empresa, eram os arguidos alemães.
José Pedro Sá Ramalho, Filipe Mesquita Soares Moutinho, António Parreira Holterman Roquete, Rui Moura Santos, Fernando Jorge da Costa Gonçalves, António Lavrador Alves Jacinto e José Mendes Medeiros são os sete empresários portugueses ligados à ACECIA, um grupo de empresas de componentes para a indústria automóvel.
O Estado português contratualizou com o consórcio alemão GSC a compra de dois submarinos em 2004, quando Durão Barroso era primeiro-ministro e Paulo Portas era ministro da Defesa Nacional.
Juíza arrasa investigação do caso submarinos
O acórdão, que absolveu hoje os 10 arguidos do caso submarinos/contrapartidas, considerou que a perícia apresentada pelo Ministério Público violou "todos os princípios da prova pericial", designdamente de imparcialidade e isenção.
Quanto à prova pericial, feita pela consultora INTELI e muito contestada pelos advogados de defesa, a presidente do coletivo de juízes, Judite Fonseca, sublinhou que a mesma foi "totalmente desconsiderada", observando que a consultora começou por ser investigada no processo e depois foi quem fez a peritagem para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
"Não podia nunca ser a INTELI a fazer a perícia", enfatizou a juíza, insistindo que não era a "entidade indicada para fazer a perícia dos autos", uma vez que, antes, assessorou a Ferrostal, a ACECIA (agrupamento complementar de empresas de componentes da indústria automóvel) e a ESCOM, todas elas ligadas ao negócio.
"Isto viola todos os princípios da prova pericial", considerou a magistrada, dizendo que o processo penal impõe neste domínio princípios da "imparcialidade e isenção".
O facto de a INTELI, através do seu presidente, ter declarado em julgamento que a consultora não cobrou honorários ao DCIAP terá agravado a situação, com a juíza a observar que "a remuneração é também uma garantia de imparcialidade".
A juíza ressalvou não estar em causa a "honorabilidade da INTELI", mas que há princípios do processo penal que deviam ter sido salvaguardados. Além disso, criticou ainda a metodologia utilizada na perícia e o alcance da mesma, que extravasou o objeto do processo de forma flagrante.
Quanto ao crime de falsificação de documentos imputados aos arguidos, o tribunal entendeu que "não resultou provada qualquer falsidade em qualquer dos documentos", tendo, em relação à acusação de burla qualificada, dito que os elementos do crime "não estavam preenchidos" e que não foi feita prova do suposto "meio enganoso".
Da mesma forma, entendeu-se que "não resultou provado" que houvesse "prejuízo do Estado" neste caso, tanto mais que o acordo de contrapartidas (com um prazo de oito anos) ainda não tinha expirado e as partes podiam, em qualquer altura, alterar o modelo.
O tribunal considerou que neste caso a ação penal revelou-se "desnecessária" e "desporporcionada". Alguns advogados de defesa haviam defendido que o caso poderia ter sido resolvido através da arbitragem, ou seja sem recurso aos tribunais comuns.
Inconformado ficou o MP, que através do procurador Victor Pinto anunciou que vai recorrer do acórdão.

NOTA DO WEBMASTER:

MAIS UMA GRANDE VERGONHA PARA UM PAÍS QUE SE TORNA CADA VEZ MAIS UM PARAÍSO PARA CORRUPTOS E TODOS OS CRIMINOSOS DA PIOR ESPÉCIE

Dentista do Porto rouba dois sem-abrigo

Tiago Cunha foi ontem condenado a dois anos e nove meses de prisão com pena suspensa.

Por:Catarina Gomes Sousa FONTE DA NOTÍCIA
Tinha sido assaltado, dentro de casa, e suspeitava de dois sem-abrigo que pernoitavam naquela zona do Porto. Depois de pedir ajuda a dois amigos - um técnico dentário e um jardineiro desempregado - Tiago Cunha, médico dentista, perseguiu e roubou os ‘suspeitos', tendo mesmo sequestrado um deles durante várias horas. Acabou por ser ontem condenado, no Tribunal de S. João Novo, a dois anos e nove meses de prisão com pena suspensa. 

"As pessoas podem sentir-se revoltadas por serem vítimas de um crime. Porém, ainda vivemos num Estado de Direito, e isto não é o faroeste", disse a juíza-presidente do coletivo, durante a leitura do acórdão. 

A magistrada criticou principalmente a atitude do dentista - acusado de dois crimes de roubo, um de sequestro e outro de coação - por "fazer justiça pelas próprias mãos". Emílio Freitas, jardineiro, respondia pelos mesmos crimes e foi condenado a um ano e nove meses de cadeia. Já Napoleão Martins, técnico dentário, apanhou três anos porque estava também acusado de posse de arma proibida. As penas foram suspensas. 

As vítimas, que foram violentamente agredidas, vão receber dos arguidos mais de 1500 euros de indemnização.

Autarquia gasta ajuda destinada a campanha de solidariedade

Campanha de recolha de tampinhas para Miriam ser operada nos Estados Unidos

Junta de São Domingos de Rana registava em outubro saldo negativo de 600 euros.

Por:João Saramago - Fonte da Notícia
A Junta de Freguesia de São Domingos de Rana (Cascais), apresentava no final de outubro último um saldo negativo de 600 euros na gestão da conta de recolha de fundos para permitir que Miriam Aleixo, de três anos, possa ser operada em Miami (EUA).
A operação, a realizar em novembro, custa 50 mil euros e visa evitar que a perna esquerda seja amputada – Miriam sofre de pé boto. "Fui surpreendida porque, após a recolha de milhares de tampas, a conta da Miriam na junta atingiu o negativo em 600 euros", conta a mãe, Conceição Marques.

A atual presidente da junta, Fernanda Gonçalves, confirma ao CM que, quando tomou posse, a 24 de outubro, verificou que "não seria possível manter a campanha nos moldes praticados pelo anterior presidente, Manuel Mendes". "As receitas não davam para cobrir as despesas de deslocar viaturas para todo o País, para recolher tampinhas", explica. Fernanda Gonçalves acrescenta que "o atual modelo é disponibilizar uma viatura e um funcionário da junta uma vez por semana para se dirigir a um local no distrito de Lisboa, de modo a recolher tampinhas". Desta forma, frisa, "estamos a conseguir frutos, já reunimos 8900 euros".

O anterior presidente da junta, Manuel Mendes, justifica ao CM que "todas as despesas foram feitas pelos voluntários e estão justificadas em tesouraria".

Conceição Marques esclarece que já recebeu da junta de freguesia de São Domingos de Rana 490 euros, para uma prótese, e 2500 euros para a viagem a Miami, para uma consulta, em outubro último.