Mulher assassinada em Loulé já tinha pedido ajuda à APAV
Filomena Gomes já se tinha queixado à GNR que estava a
ser perseguida pelo ainda marido e pediu ajuda à Associação Portuguesa
de Apoio à Vítima (APAV), mas ninguém conseguiu evitar a sua morte. O
lamento foi feito ao CM por um dos filhos do casal, um dia depois do pai
ter assassinado a mãe, com dois tiros na cabeça, e se ter suicidado, no
lugar do Esteval, em Loulé. Foi mais um crime bárbaro em contexto de
violência doméstica. Só este ano já foram mortas 25 mulheres.
"Ela
já tinha apresentado queixa na GNR e pediu ajuda na APAV. Fizeram um
perfil psicológico do meu pai e da minha mãe, mas disseram que não
detetaram nenhum tipo de perigo", recordou ontem ao CM, transtornado,
Paulo Gomes, que lembra que o pai António "andava com um comportamento
estranho" e que a mãe Filomena sentia "receio" do que podia acontecer.
António,
motorista de autocarros, e Filomena, auxiliar numa escola, já estavam
casados há 30 anos e viviam separados há cerca de seis meses. Ainda não
estavam divorciados oficialmente, mas já não partilhavam a mesma casa.
"Ele andava muito instável e fazia levantamentos de dinheiro regulares",
refere o filho Paulo Gomes, que suspeita de que o pai estaria com
problemas financeiros.
Foram estes sintomas
estranhos que levaram à separação entre o casal, situação que António
nunca terá aceitado muito bem. "As colegas da escola da Filomena diziam
que ele a perseguia e que lhe fazia esperas à saída da escola", recordou
ao CM fonte próxima do casal. Também alguns vizinhos relataram que
António "parava à porta de casa de Filomena durante a noite", numa forma
de lhe controlar os movimentos. No entanto, Paulo frisa que o pai nunca
foi agressivo.
Fonte da Notícia: Correio da Manhã
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