quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Lei ajuda violador - CORREIO DA MANHÃ

O predador sexual, de 49 anos, foi apanhado por abusar de uma enteada menor, menina de 13 anos que o denunciou na última semana.
Por:Magali Pinto
Era violada, em casa, desde os oito. A PJ de Lisboa foi buscar o violador e, após ouvir os familiares, percebeu que aquele já tinha abusado, também durante anos, de pelo menos outra enteada e de uma das próprias filhas, enquanto eram menores. Só que estas já têm 20 e 21 anos e, como não fizeram queixa até terem completado os 18 anos e seis meses, agora é tarde – segundo a lei. O predador só é punido pelos abusos à última vítima, ainda menor.
Agora que ambas as raparigas tiveram coragem de denunciar os crimes – durante anos calaram-se com medo do violador, que as ameaçava em casa –, o prazo para as queixas prescreveu. Podiam tê--lo feito até seis meses depois dos abusos, ou, como eram menores, até seis meses depois de atingirem a maioridade. O predador está em prisão preventiva, mas só deverá ser acusado por abuso sexual continuado à enteada mais nova.
Tal como o CM avançou ontem, o violador abusou durante anos de uma das duas filhas – em relação à outra a PJ está a investigar. A jovem, na altura menor, contou à mãe, e esta não apresentou queixa – separou-se dele. Este arranjou nova família e novas vítimas – as duas filhas da actual mulher. Apesar do sofrimento das raparigas, as mães nunca se aperceberam de nada.
De resto, a mais nova, hoje com 13 anos, residente na zona da Graça, em Lisboa, contou à PJ que os crimes eram cometidos há já cinco anos, quando estava sozinha em casa com o agressor, desempregado. Anos antes, a irmã mais velha, agora com 21 anos, tinha passado o mesmo pesadelo. A investigação da Judiciária ainda não acabou, continuando a partir de agora para apurar se há mais raparigas violadas. Até ao julgamento o homem vai ficar em prisão preventiva.

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